Operação militar especial russa

Veículos velhos, coordenação ruim e falta de defesa aérea: mídia traz relatos de soldados ucranianos

Um relatório apresentado nesta segunda-feira (27) pela publicação alemã Bild mostra denúncias de cinco soldados das Forças Armadas da Ucrânia sobre as péssimas condições na linha de frente da contraofensiva.
Sputnik
Veículos com mais de meio século de uso que não são blindados, coordenação ruim das tropas e até falta de defesa aérea. Essas são apenas algumas das reclamações de militares ucranianos divulgadas pelo Bild durante a operação militar especial russa. Apesar dos bilhões em ajuda enviada pela Europa e pelos Estados Unidos ao governo de Vladimir Zelensky, o país acumula derrotas e denúncias de corrupção no conflito.

"Enquanto a liderança ucraniana aponta orgulhosamente para os tanques ocidentais que recebeu, como o Leopard, o Challenger e o Abrams, muitos soldados são forçados a viajar em veículos de 50 anos devido à escassez de blindados de transporte de pessoal e SUVs", aponta a publicação.

Ainda há denúncias de soldados que são obrigados a fazer a manutenção dos veículos e até abastecer por conta própria por falta de combustível fornecido pelo Exército. Os militares também compram drones com recursos pessoais ou doados por voluntários, já que o governo ucraniano não tem fornecido o equipamento, pontua a publicação alemã.
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Sem articulação

A falta de articulação até entre as próprias unidades militares ucranianas é outra reclamação dos soldados. "Cada brigada luta por si mesma, ora ignorando completamente as brigadas à sua direita e à esquerda, ora até em concorrência com elas", acrescentou o texto.
Outro problema é a falta grave de equipamentos de defesa aérea nas linhas de combate, o que deixa os soldados ainda mais vulneráveis. Conforme a publicação alemã, o sentimento de raiva e frustração é cada vez maior entre os militares das Forças Armadas da Ucrânia. Enquanto alguns acusam as autoridades de abandonarem as tropas e não fornecerem o apoio necessário, outros culpam os generais por condená-los à morte nas linhas de frente.

Fornecimento de armas

Diante das evidências de que os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) continuam a enviar armas para a Ucrânia, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse em diversas ocasiões que bombardear o país com esses equipamentos não contribui em nada para o sucesso das negociações russo-ucranianas e terá efeito negativo.
O ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, observou que qualquer carga que contenha armas para a Ucrânia se tornará alvo legítimo da Rússia.
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