Moscou já afirmou estar disponível para negociações de paz, tendo inclusive proposto um fim para as hostilidades nos primeiros meses de 2022. A denúncia de Kiva é feita, inclusive, em meio a uma revelação na última semana feita por David Arakhamiya, líder governista no Parlamento, de que Kiev rejeitou uma proposta de paz da Rússia.
"Com base em uma entrevista com David Arakhamiya em 24 de novembro, membros da delegação ucraniana, plenamente conscientes das suas próprias ações e poderes como representantes do povo ucraniano, atrasaram deliberadamente o processo de negociação e não tentaram chegar a acordos para resolver a situação, o que, por sua vez, privou o povo ucraniano da oportunidade de salvar centenas de milhares de vidas e levou à destruição completa da economia do país!", disse Kiva.
Após a confissão de Arakhamiya, de que as autoridades ucranianas foram convencidas pelo ex-primeiro-ministro britânico Boris Johnson a continuarem lutando, Kiva também chamou as atitudes das autoridades ucranianas de "alta traição" e "ações deliberadas de cidadãos ucranianos que prejudicaram a soberania, integridade territorial e inviolabilidade do país".
Além de Zelensky, Kiva incluiu em sua denúncia o comandante das Forças Armadas, Valery Zaluzhny; o ex-chefe do Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU, na sigla em ucraniano) Ivan Bakanov; o chefe do departamento de contrainteligência do SBU, Aleksandr Poklad; o deputado David Arakhamiya, o presidente do Parlamento, Ruslan Stefanchuk; e o chefe do gabinete presidencial, Andrei Yermak.