No entanto, seus comentários levantaram controvérsia, por sugerir que não faz sentido apoiar aqueles que vão morrer.
Borrell afirmou à mídia que é necessário chegar a um acordo político que permita a construção de dois Estados: Israel e Palestina. Mas foi uma declaração específica que gerou barulho em diversos meios de comunicação internacionais.
"Multiplicamos por quatro a ajuda humanitária. Mas não tem muito sentido dar de jantar a alguém se vai morrer no dia seguinte sob as bombas", disse o político espanhol em uma conferência de imprensa no âmbito do VIII Fórum da União para o Mediterrâneo em Barcelona.
Borrell afirmou que neste momento é necessário "prolongar" a trégua humanitária alcançada por Israel e o Hamas para o intercâmbio de reféns israelenses por prisioneiros palestinos de tal forma que se permita trabalhar em um acordo para uma solução que vise a formação de dois Estados, um judeu e outro árabe.
"O que está ocorrendo hoje na Palestina e em Gaza em particular é uma quebra moral e política da comunidade internacional que durante 30 anos vem repetindo que a solução é a criação de dois Estados, mas fazendo muito pouco ou nada para torná-la realidade", comentou o chefe da diplomacia europeia.
De acordo com o Alto Comissariado Europeu, também é necessário deter a "colonização ilegal" da Cisjordânia por parte de israelenses, o que qualificou como um dos maiores obstáculos à paz no Oriente Médio.