"Ainda tem o lado positivo [da presidência paraguaia a partir de dezembro]. O Paraguai, assim como o Uruguai, tem buscado ampliar acordos do Mercosul. São países menores que acabam impulsionando essas buscas, enquanto Brasil e Argentina, por serem internamente mais complexos, levam mais tempo para a chegada de consensos. Creio que pode ser uma presidência mais entusiasmada com essas novas negociações, apesar de ser uma economia pequena dentro do bloco e que necessariamente vai precisar do apoio brasileiro e argentino", disse.
País terá papel em 'harmonizar' relações
"O que eu imagino que pode acontecer ao longo dos próximos meses é uma tentativa de rever essa proibição para que seja possível não só para o Uruguai, mas também o Paraguai ter maior flexibilidade de assinatura de acordos de livre-comércio com países de fora do Mercosul", acredita.
Sem mudança significativa
"O Paraguai é a última economia do bloco e, nesse sentido, esteja ou não na presidência do Mercosul, não tem o poder político e diplomático para impor seus próprios interesses ou ter um papel de protagonista, muito menos, na minha opinião, com o governo de Peña, que pertence ao Partido Colorado. É uma sigla historicamente submissa aos interesses não só das grandes potências mundiais, como também regionais, como as elites do Brasil e da Argentina", argumenta.