Operação militar especial russa

MRE russo: declarações de parlamentar ucraniano reforçam evidências de encenação em Bucha

Representante oficial do Ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova, diz que revelações fornecidas por parlamentar ucraniano mostram que o massacre em Bucha foi encenado para impedir negociações de paz entre Kiev e Moscou.
Sputnik
As declarações dadas recentemente por um alto funcionário do governo ucraniano reforçam as evidências de que o chamado massacre de Bucha foi uma encenação capitaneada pelo regime de Kiev para impedir um processo de negociação de paz com Moscou. É o que declarou nesta quarta-feira (29) a representante oficial do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova.
As partes do conflito poderiam ter firmado um acordo de paz em março de 2022, mas Kiev abandonou as negociações após uma intervenção do governo do Reino Unido, realizada pelo então primeiro-ministro britânico Boris Johnson, segundo afirmou na semana passada o deputado ucraniano David Arakhamia.

"Essas revelações [feitas] por Arakhamia fornecem fortes evidências de que uma provocação em Bucha foi encenada por Kiev como pretexto para impedir o processo de negociação", disse Zakharova em coletiva a jornalistas.

Em abril de 2022, o massacre de Bucha, distrito localizado no subúrbio de Kiev, ganhou destaque nos noticiários. Na ocasião, forças ucranianas afirmaram ter encontrado corpos de centenas de civis em Bucha que supostamente foram deixados por tropas russas que deixaram a área dias antes, como um "gesto de boa vontade".
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Kiev imediatamente culpou Moscou e fez do episódio o principal motivo para abandonar as negociações de paz. A Rússia afirmou repetidamente que o massacre foi uma operação de bandeira falsa, perpetrada por Kiev, para manchar a imagem de Moscou.
Arakhamia, líder do partido Servo do Povo, do presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, no Conselho Supremo da Ucrânia, não mencionou o massacre de Bucha diretamente em suas declarações. Em entrevista ao canal de TV ucraniano 1+1, ele afirmou que Moscou ofereceu paz a Kiev em troca da neutralidade do país e do compromisso de não entrar para a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
"Na minha opinião, eles [a Rússia] realmente acreditavam até o fim que poderiam nos levar à neutralidade. Isso era crucial para eles", afirmou Arakhamia.
Porém, afirmou que representantes de Kiev que retornaram da segunda rodada de negociação de paz, em Istambul, no final de março, encontraram uma situação diferente.

"Quando voltamos de Istambul, Boris Johnson veio a Kiev e disse que não assinaríamos nada com eles [russos] e que iríamos lutar", disse o parlamentar.

O massacre de Bucha foi noticiado logo depois, em 1º de abril. Poucos dias depois dos primeiros relatos, Zelensky visitou a região e descartou qualquer negociação futura com a Rússia.
Segundo Zakharova, as palavras de Arakhamia provam que o massacre foi uma encenação para impedir as negociações.
"Isso apenas prova, mais uma vez, que o regime de Zelensky é um regime fantoche, e é totalmente dependente dos seus mestres fantoches anglo-saxões", disse Zakharova.
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