Panorama internacional

Na ONU, Mauro Vieira diz que 80% da população da Faixa de Gaza foi forçada a se deslocar

Em reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU), devido ao Dia Internacional da Solidariedade ao Povo Palestino, o chanceler brasileiro disse que a data não é de celebração e destaca a destruição no enclave após 48 dias de bombardeios incessantes.
Sputnik
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse nesta quarta-feira (29) que a Faixa de Gaza está sendo destruída a um nível inaceitável. A declaração foi dada em uma reunião do CSNU no âmbito do Dia Internacional da Solidariedade ao Povo Palestino, celebrado nesta quarta-feira (29).

"Nós sabemos que a época não é de celebração. Depois do comentário do secretário-geral António Guterres, que mencionou os horrores que aconteceram em Gaza depois do ataque terrorista de 7 de outubro e dos 48 dias de bombardeio que se seguiram, solidariedade, certamente, não é a primeira palavra que vem à mente de todos", disse o chanceler.

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Ele afirmou que 80% da população do enclave já foi forçada a se deslocar, ressaltou que a situação configura uma tragédia humanitária e abordou a libertação de reféns e prisioneiros palestinos, acertada como parte do acordo de trégua. "Não conseguimos imaginar crianças reféns", disse o chanceler.
No dia 21, Hamas e Israel concordaram com uma trégua temporária, em troca da libertação de reféns levados pelo Hamas para a Faixa de Gaza e de palestinos presos em Israel sob acusação de terrorismo. De ambos os lados, a maioria de pessoas é composta por mulheres, crianças e adolescentes.
No discurso, Vieira afirmou ainda que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está comprometido com a busca de uma solução pacífica, reiterou a defesa do Brasil pela solução de dois Estados e citou as visitas do presidente ao Catar e à Arábia Saudita. Ele disse que o governo brasileiro apoia a trégua entre Hamas e Israel, e que o acordo mostra que a paz é possível.
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