A futura ministra das Relações Exteriores da Argentina, Diana Mondino, afirmou nesta quinta-feira (30) que seu país não vai integrar o BRICS. A decisão reverte a determinação tomada pelo atual presidente, Alberto Fernández.
"Entendo que fomos convidados a participar do BRICS, mas não aceitamos formalmente. Para entrar no [Novo Banco de Desenvolvimento do BRICS], é preciso fazer uma contribuição de capital, e a Argentina não está em condições de fazê-lo."
A declaração foi dada em entrevista ao jornal argentino El Cronista, dias após a chanceler afirmar que não vê vantagens em ingressar no grupo. O anúncio é dado próximo ao limite de prazo para a Argentina, uma vez que Fernández esperava que o ingresso do país no BRICS fosse consolidado já em 1º de janeiro de 2024.
A chanceler, no entanto, frisou que Javier Milei ainda pretende estreitar laços com o governo brasileiro e apoiar o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia (UE). A coligação governista A Liberdade Avança disse "não ter objeções" a este acordo, e acrescentou: "Pelo contrário, consideramos que é excelente."
A futura chanceler garantiu que a próxima administração presidida por Javier Milei se concentrará na abertura da economia, "permitindo que os exportadores fiquem com os dólares, que pertencem aos exportadores, e não ao Banco Central".