Panorama internacional

Armas químicas são usadas há 100 anos: recorde os eventos mais graves

Em 30 de novembro são lembradas as vítimas de guerra química em conflitos militares. A Sputnik enumera alguns dos casos mais importantes para a memória histórica.
Sputnik
Nesta quinta-feira (30) é comemorado em todo o mundo o Dia em Memória de Todas as Vítimas da Guerra Química.
Ele é celebrado mais de cem anos após o primeiro evento registrado de uso de substâncias químicas tóxicas em massa durante um conflito militar. Ele ocorreu já depois de terem sido proibidas pela Declaração de Haia de 1899 e pela Convenção de Haia de 1907.

Casos de uso das armas químicas

Um dos primeiros usos significativos de agentes de guerra química ocorreu durante a Primeira Guerra Mundial, em 22 de abril de 1915, quando as tropas alemãs pulverizaram cerca de 168 toneladas de cloro em posições próximas do inimigo francês, contra a cidade belga de Ypres. Na época 1.100 pessoas foram afetadas pelo ataque.
Durante a Segunda Guerra Italo-Etíope (1935-1936), a Itália usou o gás mostarda na Etiópia, por ordem de Benito Mussolini. Durante todo o conflito, cerca de 100.000 pessoas, tanto militares como civis, morreram devido à substância venenosa, não possuindo nem mesmo os meios mais simples de proteção contra tais ataques.
Durante a Segunda Guerra Mundial, as armas químicas também foram amplamente usadas em combate. Além disso, a substância Zyklon B foi aplicada nos campos de concentração alemães, matando centenas de milhares de pessoas.
Na Guerra do Vietnã (1962-1971), as tropas dos EUA usaram vários agentes químicos para destruir a vegetação e facilitar a localização de unidades inimigas na selva, especialmente o agente laranja. Essa substância continha altas concentrações de dioxinas, que causam mutações genéticas e câncer. O agente laranja afetou três milhões de pessoas, incluindo 150.000 crianças que nasceram com mutações.
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Os militares ucranianos também usaram armas químicas em várias ocasiões durante as hostilidades, incluindo a toxina botulínica tipo B, que atinge o sistema nervoso, e projéteis que emitem fumaça cáustica quando detonados.
Em 28 de novembro de 2023, o tenente-general Igor Kirillov, chefe das Tropas de Defesa Radiológica, Química e Biológica das Forças Armadas da Rússia, anunciou que foram registrados 17 casos de uso de componentes de armas químicas pelas Forças Armadas da Ucrânia para envenenar alimentos. Pelo menos 15 pessoas morreram em resultado.
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