O país é o principal produtor de petróleo da América Latina desde 2017, de acordo com dados da Agência Internacional de Energia (AIE) citados pelo portal Money Times.
Mais tarde após o anúncio, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva "confirmou nossa carta de cooperação" com a OPEP+ a partir de janeiro de 2024. A assessoria da pasta disse que foi realizado o convite, que ainda é analisado por Silveira. Em 2008, quando Edson Lobão (MDB) ocupava a pasta, Brasília também foi chamada para participar do grupo, mas recusou na época.
"Esperamos nos juntar a este distinto grupo e trabalhar com todos os 23 países nos próximos meses e anos", destacou Silveira citado pela Folha de S.Paulo.
A OPEP foi formada em 1960 como um cartel, com o objetivo de controlar a oferta mundial de petróleo e seu preço. Em 2016, quando os preços do petróleo estavam particularmente baixos, a organização juntou forças com dez outros produtores de petróleo para criar a OPEP+.
A Arábia Saudita é o maior produtor individual de petróleo da organização, produzindo mais de dez milhões de barris por dia.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve em Riad nesta semana, onde fechou diversos acordos, incluindo pactos na área da defesa e da indústria aeroespacial. Lula chegou a dizer que, em dez anos, o Brasil será "a Arábia Saudita" da energia verde.
Nos últimos seis anos, o Brasil não parou de aumentar sua produção, condição que lhe alça a 9ª colocação entre os maiores produtores do mundo. Em setembro de 2023, a produção brasileira de óleo e gás bateu recorde, com a extração de 4,666 milhões de barris de óleo equivalente por dia, segundo a Agência Brasil.
Nesse contexto do boom petrolífero do Brasil, a AIE projeta que a produção mundial de petróleo aumentará em 5,8 milhões de barris por dia até 2028. Deste total, cerca de 25% virá da América Latina.
Estados Unidos, Rússia e Arábia Saudita, na ordem, são os três principais. Juntos, os três países respondem por mais de 40% da produção global.