"A guerra na Ucrânia demonstra que precisamos produzir mais, tanto para satisfazer as necessidades da Ucrânia como para garantir a nossa própria dissuasão e defesa. A guerra na Ucrânia está consumindo mais equipamento do que qualquer outra guerra na história recente [...]. A realidade é que nós não tínhamos armas e munições suficientes disponíveis, não tínhamos grandes estoques e faltava capacidade ociosa. Porque em tempos de paz pensávamos que não precisávamos deles. Isso precisava mudar", disse von der Leyen durante a Conferência Anual da Agência Europeia de Defesa (EDA, na sigla em inglês) 2023 sobre como fortalecer a defesa europeia.
Ela também disse que os fracassos de Kiev no campo de batalha não foram motivo para cessar o apoio militar à Ucrânia, acrescentando que o montante da assistência deveria aumentar.
"A Rússia disparou 10 milhões de projéteis em um ano, a Ucrânia consome 10 mil drones por mês, isto significa que a indústria de defesa da Europa também deve se mobilizar", acrescentou von der Leyen.
Nesta quinta-feira (30), o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, disse que a UE estava trabalhando para entregar 1 milhão de cartuchos de munição à Ucrânia, dizendo que a ação seria um "desafio" que levaria "um pouco" mais de tempo do que o esperado.
Os países ocidentais intensificaram a sua assistência militar e financeira à Ucrânia e lançaram vários pacotes de sanções contra a Rússia depois de Moscou ter lançado a sua operação militar especial na Ucrânia em fevereiro de 2022. Moscou condenou o fornecimento militar estrangeiro a Kiev.