O Japão pediu aos Estados Unidos que que suspendessem os voos de aeronaves Osprey até que a segurança fosse garantida, disse o ministro da Defesa japonês, Minoru Kihara, na quinta-feira (30).
A declaração do ministro acontece depois que um V-22 Osprey caiu no mar perto da ilha de Yakushima no dia anterior, com pelo menos um membro da tripulação confirmado como morto, de acordo com o jornal The Japan Times. A causa da colisão está sob investigação.
O secretário-chefe do gabinete do Japão, Hirokazu Matsuno, disse que Tóquio havia feito o pedido "oficialmente".
"Estamos preocupados que, apesar dos nossos repetidos pedidos e na ausência de explicações suficientes [dos militares dos EUA], o Osprey continue a voar", disse Hirokazu em conferência de imprensa.
No entanto, o Pentágono rejeitou o pedido do governo japonês, segundo a agência Bloomberg.
"A aeronave no Japão opera somente depois de passar por verificações completas de manutenção e segurança. Já começámos a compartilhar informações sobre o acidente com os nossos parceiros japoneses e comprometemo-nos a continuar a fazê-lo de forma oportuna e transparente", disse a porta-voz do Pentágono, Sabrina Singh, em um comunicado.
Na quinta-feira (30), os EUA disseram que ainda estavam pilotando as aeronaves por enquanto, e que não se tinha conhecimento de nenhum pedido oficial para interromper os voos.
A implantação da aeronave híbrida no Japão tem sido controversa, com os críticos da presença militar dos EUA nas ilhas do sudoeste dizendo que é propensa a acidentes.
Em agosto, três fuzileiros navais norte-americanos morreram e outros cinco ficaram gravemente feridos depois que um V-22 Osprey caiu enquanto realizava exercícios na costa de Darwin, perto do território norte da Austrália.