As Filipinas inauguraram uma nova base de monitoramento da sua Guarda Costeira nesta sexta-feira (1º), em uma ilha ocupada pelas forças filipinas no disputado mar do Sul da China, informa a agência AP News.
O conselheiro de Segurança Nacional, Eduardo Año, e outras autoridades filipinas voaram para a ilha Thitu em um avião da Força Aérea e lideraram uma cerimônia para inaugurar o recém-construído centro de dois andares, que terá radar e outros equipamentos para monitorar as ações chinesas em águas disputadas e outras ocorrências, incluindo acidentes marítimos.
A recém-inaugurada estação de monitoramento da Guarda Costeira das Filipinas na ilha Thitu, em 1º de dezembro de 2023
© AFP 2023 / Jam Sta Rosa
Manila também planeja expandir patrulhas conjuntas com os Estados Unidos e a Austrália para combater o "puro bullying" de Pequim nessas águas estratégicas. Año disse que as patrulhas conjuntas continuariam e poderiam se expandir para incluir outras nações, como o Japão, assim que o acordo de segurança que está sendo negociado por Tóquio e Manila fosse concluído.
"Estamos abertos a que países com ideias semelhantes se juntem como observadores ou participantes", disse Año.
Os confrontos em alto-mar entre navios chineses e filipinos se intensificaram este ano nas águas contestadas, alimentando temores de um conflito maior que poderia envolver os Estados Unidos. A China acusou Washington de se intrometer em uma disputa asiática e de semear a discórdia na região.
Também nesta sexta-feira (1º), o presidente chinês, Xi Jinping, afirmou que a Guarda Costeira do país deve fazer cumprir a lei marítima e reprimir "atividades criminosas" para defender a soberania territorial da China.
"É necessário estabelecer e melhorar o mecanismo de coordenação e cooperação para a aplicação da lei marítima e reprimir severamente as atividades ilegais e criminosas no mar", disse Xi, segundo a Reuters.
O líder fez os comentários enquanto inspecionava por vídeo o escritório de comando da Guarda Costeira chinesa para a área do mar do Sul da China e o desempenho dos navios da Guarda Costeira.
O presidente declarou ainda que é necessário "realizar pragmaticamente intercâmbios e cooperação com países estrangeiros na aplicação da lei marítima e participar ativamente na governação marítima internacional e regional".