O Sol emitiu ejeções de massa coronal (CME, na sigla em inglês) do Sol que enviaram nuvens de plasma solar em direção à Terra e desencadearam uma forte tempestade geomagnética, advertiu na quarta-feira (29) o Centro de Previsão do Tempo Espacial (SWPC, na sigla em inglês) da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA, na sigla em inglês) dos EUA.
Um grande buraco coronal está presente próximo ao disco central do Sol e provavelmente trará um aumento do vento solar para a Terra no início da próxima semana, podendo causar uma pequena atividade geomagnética.
Pelo menos três das CME registradas no domingo (26) e na quarta-feira (29) chegaram à Terra a partir de quinta-feira (30). Tal significa que na sexta-feira (1º) é previsto o desenvolvimento de uma tempestade geomagnética de nível G2, e aumentará para G3, sendo G5 a mais forte na escala da NOAA. Outras CME também não estão excluídas.
Uma tempestade de classe G3 pode causar interrupções intermitentes na navegação por satélite e na navegação por rádio. Por exemplo, na terça-feira (28) o SWPC registrou um evento moderado de apagão de rádio de alta frequência após uma poderosa erupção solar de classe M. A NOAA prevê que a degradação do sinal de rádio poderá afetar o leste do oceano Pacífico Sul enquanto a erupção estava em andamento.
Uma "ejeção de massa coronal canibal" pode atingir nosso planeta na sexta-feira, provocando auroras, mesmo em lugares que normalmente não as veem.
A agência espacial norte-americana NASA vê como provável que ocorram mais erupções de classe M nos próximos dias, e erupções de classe X, as mais poderosas, que podem produzir tanta energia quanto um bilhão de bombas de hidrogênio. Segundo ela, as erupções podem criar tempestades de radiação de longa duração que podem danificar satélites, sistemas de comunicação e até mesmo tecnologias terrestres e redes de energia.
A forte tempestade solar que está afetando a Terra atualmente pode também criar auroras boreais em regiões onde elas não costumam aparecer, à medida que partículas carregadas atingem a atmosfera da Terra. Elas geralmente são vistas ao redor dos polos da Terra, mas uma forte tempestade solar pode permitir que elas surjam em latitudes mais baixas.