Os responsáveis da defesa da Austrália, Estados Unidos e Reino Unido, que compõem o pacto militar AUKUS, declararam na sexta-feira (1º) que a inteligência artificial (IA) avançada será usada para detectar e identificar submarinos na região do Indo-Pacífico, informou o Departamento de Defesa dos EUA.
De acordo com as autoridades militares, algoritmos avançados comuns de IA serão implementados em vários equipamentos, incluindo o avião de patrulha marítima P-8A, com o objetivo de processar informações enviadas por equipamentos de cada membro do AUKUS.
Além disso, os altos responsáveis notaram em uma declaração que se seguiu à reunião na sede da Unidade de Inovação da Defesa na Califórnia, EUA, que os membros do grupo estão usando algoritmos de IA e de aprendizado de máquina para aumentar a "proteção da força, a precisão do alvo, e a inteligência", além da "vigilância e o reconhecimento".
Eles também revelaram que planejam integrar essas tecnologias em seus programas nacionais até 2024 para garantir sua rápida adoção em "domínios terrestres e marítimos".
"Esses avanços conjuntos permitirão a análise oportuna de grandes volumes de dados, aprimorando nossas capacidades de guerra antissubmarina", resumiram eles.
"Os parceiros da AUKUS continuam comprometidos em aprofundar a colaboração trilateral, melhorando o compartilhamento de informações e tecnologias e integrando nossas bases industriais de defesa para fortalecer ainda mais as capacidades conjuntas e aumentar a resiliência nas três nações", afirmaram.
Lloyd Austin, secretário de Defesa, sublinhou que o AUKUS avança em direção de "inovar com tecnologia de ponta" no setor de defesa em IA, guerra eletrônica e tecnologia quântica.
O AUKUS foi criada em 2021 pelos EUA, Reino Unido e Austrália com o objetivo de aumentar a cooperação entre os três países nas áreas de segurança e defesa no Indo-Pacífico. O grupo, junto com o Quad, é geralmente considerado como sendo dirigido contra a China.