Os caminhoneiros eslovacos exigem que a União Europeia reverta uma decisão tomada durante o conflito de afrouxar as regras de licenciamento para os caminhoneiros ucranianos.
A perturbação da concorrência teve um "impacto devastador no mercado de transportes eslovaco, mas também nos mercados de outros Estados vizinhos e em toda a UE", afirmou o sindicato em um comunicado citado pela agência Bloomberg.
A organização – que avaliará se uma reunião dos ministros dos transportes da UE em Bruxelas na próxima segunda-feira (4) atenderá às suas demandas – disse que o bloqueio durará até novo aviso.
Caminhoneiros poloneses começaram a bloquear três passagens com a Ucrânia no dia 6 de novembro, provocando engavetamentos de dezenas de milhares de veículos em ambos os lados da fronteira sob temperaturas congelantes. Dois motoristas ucranianos morreram.
O governo ucraniano acusou a Polônia de inação, uma vez que o comércio é perturbado enquanto o país se encontra em conflito, mas Varsóvia apontou o dedo a Kiev.
Na sexta-feira (1º), a Ucrânia disse que cerca de 2.100 caminhões que tentavam entrar no país foram bloqueados no lado polonês e que o efeito está sendo "catastrófico", afirmando que ucranianos estão pensando em fazer greve de fome se a situação não melhorar.
"Bloqueio do tráfego na fronteira entre a Polônia e a Ucrânia: a situação é catastrófica! Os motoristas ucranianos estão numa situação tão terrível que planejam fazer greve de fome se a situação não melhorar!", disse Dmitry Lubinets, comissário do parlamento ucraniano para os Direitos Humanos em um comunicado citado pelo canal France 24.
O sindicato disse que o bloqueio não afetará a ajuda humanitária e militar, a pecuária, o combustível e os produtos frescos. O transporte comercial será permitido a uma escala de quatro caminhões por hora, disse.