Nesta semana, os Estados Unidos, através do subsecretário do Tesouro Brian Nelson, pressionaram Ancara a restringir a arrecadação de fundos para o Hamas no país, conforme noticiado.
"Nunca poderei aceitar o Hamas como uma organização terrorista, não importa o que digam", disse Erdogan, respondendo às observações do subsecretário segundo a agência Bloomberg.
Na quinta-feira (30), Nelson destacou a capacidade de angariação de fundos do Hamas em solo turco para potenciais ataques futuros. Os diferentes pontos de vista sobre o conflito Israel-Hamas intensificaram as discussões entre os Washington e Ancara.
Criticando os países ocidentais, especialmente os EUA e o Reino Unido, Erdogan também apelou a uma mudança do foco apenas na ameaça percebida do Hamas para a priorização de uma solução abrangente de dois Estados, o presidente afirmou que tal abordagem poderia potencialmente mitigar os problemas em Gaza e as ameaças mútuas, sublinhando que "excluir ou erradicar" o Hamas não é um cenário realista.
O apelo surge em meio à indicação de Israel de que pretende expandir sua campanha na parte sul de Gaza, levantando preocupações sobre um potencial aprofundamento da crise humanitária no território.
Embora os EUA apoiem as medidas de autodefesa de Israel e pretendam restringir o apoio financeiro do Hamas, Erdogan condenou veementemente Tel Aviv, rotulando o país como um "criminoso de guerra" e posicionando o Hamas como um movimento de libertação.
O Hamas é uma organização terrorista designada pelos EUA e pela União Europeia.