O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, reiterou neste sábado (2º) numerosos avisos que fez contra o Hezbollah antes do recente cessar-fogo com o Hamas, dizendo ao grupo que o Líbano será destruído se iniciar uma grande guerra contra Israel, segundo o jornal The Times of Israel.
"Estamos sempre agindo no norte contra todos os esforços do Hezbollah para operar contra nós. Estamos eliminando células terroristas, afastando-as da fronteira, destruindo munições. Continuaremos com uma forte dissuasão no norte e uma vitória total no sul. Restauraremos a segurança no norte e no sul. Se o Hezbollah cometer um erro e entrar numa guerra ampla, terá destruído o Líbano com as próprias mãos", afirmou Netanyahu.
Sobre o sul, palestinos dizem que não sabem par aonde ir após o recomeço dos bombardeios israelenses na Faixa de Gaza.
Pessoas que se abrigaram no sul depois de fugirem de suas casas no início da guerra disseram neste sábado (2º) que não tinham nenhum lugar seguro para ir agora, reporta agência Reuters.
A cidade de Khan Younis é o foco dos ataques aéreos e do fogo de artilharia israelenses em uma nova fase da guerra após o colapso de uma trégua de uma semana. A sua população aumentou nas últimas semanas, à medida que centenas de milhares de pessoas do norte da Faixa de Gaza fugiram para sul.
Alguns estão acampados em tendas, outros em escolas, enquanto alguns dormem em escadas ou fora dos poucos hospitais que funcionam na cidade.
Um funcionário da Organização Mundial da Saúde (OMS) disse na sexta-feira (1º) que um dos hospitais era "como um filme de terror", enquanto centenas de crianças e adultos feridos aguardavam tratamento, diz a mídia.
Abu Wael Nasrallah, de 80 anos, disse à agência que ele e sua família ficariam onde estavam porque já haviam perdido tudo.
"Não há mais nada a temer. Nossas casas desapareceram, nossas propriedades desapareceram, nosso dinheiro desapareceu, nossos filhos foram mortos, alguns são deficientes", afirmou.
Os Estados Unidos insistiram com Israel na semana passada para que fizesse planos claros para limitar as baixas civis em sua ofensiva no sul, mas Netanyahu e seu governo não deram garantias claras sobre isso, disse um alto funcionário dos EUA na sexta-feira (1º) quando o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, encerrou uma viagem à região.