Conforme a publicação, o número de mortos ainda deve aumentar durante as operações de resgate.
Durante a guerra contra o Hamas, que começou no dia 7 de outubro e já deixou mais de 16 mil palestinos mortos, as Forças de Defesa de Israel (FDI) já realizaram outros ataques contra campos de refugiados na região palestina sob a justificativa de que os locais são usados pelo movimento como centro de controle.
Para a Organização das Nações Unidas (ONU), a destruição de bairros inteiros "não é uma resposta para os crimes atrozes cometidos pelo Hamas". Em um artigo de opinião, o chefe da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos no Oriente Médio (UNRWA, na sigla em inglês), Philippe Lazzarini, disse que a ofensiva israelense cria "uma nova geração de palestinos injustiçados que provavelmente continuarão o ciclo de violência".
Em resposta aos ataques do Hamas contra Israel, Tel Avi mobilizou mais de 300 mil reservistas, além de iniciar ataques aéreos contra o território palestino. Em 28 de Outubro, Netanyahu anunciou que as tropas entraram por terra em Gaza e avançaram para a segunda fase da guerra.
Muitos países já apelaram a Israel e ao Hamas para que cessassem as hostilidades e negociassem um cessar-fogo, além de uma solução de dois Estados como a única forma possível de alcançar uma paz duradoura na região.
Fim da pausa humanitária
Um acordo mediado pelo Hamas levou a uma pausa humanitária de uma semana em Gaza para a libertação de reféns pelo Hamas e ainda a chegada mais intensa de ajuda com alimentos, água, remédios e combustíveis. Mais de 80% da população de 2,3 milhões de palestinos na região precisaram deixar suas casas e vivem em abrigos temporários.
A trégua foi prorrogada várias vezes, mas na sexta-feira, 1 de dezembro, os militares israelenses retomaram os combates contra o Hamas na Faixa de Gaza, afirmando que o grupo tinha violado a pausa ao abrir fogo contra o território do país.