Panorama internacional

EUA obrigam Israel a usar meios de controle de mortes de civis, mas casos continuam, diz mídia

O governo norte-americano aumentou suas exigências a Israel após um debate no Congresso dos Estados Unidos na última semana, de acordo com a Associated Press.
Sputnik
A mudança no tom da Casa Branca, segundo a AP, teria sido resultado de uma pressão feita por parlamentares aliados ao presidente Joe Biden, liderados pelo senador Bernie Sanders.
Na última quarta-feira (29), quando o cessar-fogo estava se esgotando e Israel se preparava para retomar seus ataques aéreos contra os palestinos na Faixa de Gaza, Sanders e um grupo de colegas disseram a Biden que não estavam mais "pedindo gentilmente" que Israel se esforçasse para reduzir as mortes de civis em Gaza, pois isso não estava surtindo efeito.

"A verdade é que se pedir com jeitinho funcionasse, não estaríamos na situação em que estamos hoje", disse Sanders em um discurso no plenário. Era hora de os Estados Unidos usarem sua "influência substancial" com seu aliado, disse ele.

Os legisladores advertiram assim a equipe de segurança nacional do presidente Joe Biden de que a ajuda planejada dos EUA a Israel deve ser atendida com garantias de medidas concretas por parte do governo do premiê israelense, Benjamin Netanyahu, e de que "a abordagem de cheque em branco deve acabar".
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Em resposta, o governo Biden aumentou suas próprias exigências desde então, insistindo publicamente pela primeira vez que os líderes israelenses não apenas ouvissem as exigências dos EUA para aliviar o sofrimento dos civis em Gaza, mas que concordassem com elas.
Os militares contaram que começaram a usar um mapa on-line dos bairros de Gaza para informar aos civis quais ruas, bairros e comunidades lotadas devem ser evacuadas antes de um ataque israelense, medidas orientadas pelo governo Biden.
A evacuação foi seguida por um forte bombardeio, com os palestinos na Faixa de Gaza dizendo que estavam ficando sem lugares para ir no enclave. Muitos de seus 2,3 milhões de habitantes estão amontoados no sul, depois que Israel ordenou que os civis deixassem o norte nos primeiros dias da guerra, que foi desencadeada pelo ataque liderado pelo Hamas em Israel em 7 de outubro, que matou cerca de 1,3 mil pessoas, a maioria civis, segundo autoridades israelenses.
O Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas, estima que mais de 15,5 mil palestinos foram mortos no enclave, e que 70% deles são mulheres e crianças.
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