"Acredito que a sua participação esteja mais ligada a um projeto de reposicionamento do Brasil na geopolítica energética enquanto fornecedor confiável para o mercado consumidor do petróleo. Desse modo, suas credenciais no setor petrolífero podem se refletir em sua pauta de descarbonização dentro do mesmo setor", opinou.
"Restam dúvidas sobre o grau de atuação e o poder de decisão que o Brasil terá dentro do grupo, especialmente no âmbito da formulação de políticas voltadas para o segmento de óleo e gás na organização, que conta com a participação de países sob sanções, como Irã e Rússia, podendo ser um entrave no momento das discussões", destacou.
"Na mesma linha, em declarações recentes, o Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas espera que a participação do Brasil na OPEP+ amplie o debate sobre economia verde e descarbonização", disse a professora do Insper à Sputnik Brasil.
Além disso, a entrada do Brasil na OPEP+ posicionará o país "em uma das organizações multilaterais mais importantes para o comércio internacional sob um regime de paridade política", concluiu ela.