De acordo com as fontes citadas pela publicação britânica, Johnson ficou "furioso" com o fato de a UE estar colocando em risco vidas britânicas para recuperar o atraso em sua própria campanha de vacinação.
O jornal afirma que ele abandonou a ideia de enviar tropas para obter as vacinas compradas pelo governo do Reino Unido na fábrica de Leiden apenas quando diplomatas alertaram que isso poderia prejudicar gravemente as relações com a UE e colocar em risco o fornecimento de vacinas de outras fábricas da comunidade europeia.
"Ele ordenou que os funcionários examinassem todas as opções de resposta, e isso incluía pedir aos serviços de segurança que avaliassem se havia opções para fisicamente ir e pegar as vacinas dos Países Baixos e trazê-las para cá", disse uma das fontes ao jornal britânico.
Em janeiro de 2021, a capital britânica, Londres, declarou estado de emergência quando hospitais da cidade já estavam praticamente lotados. Segundo a prefeitura, na época, 1 em cada 30 londrinos tinha COVID-19.
O número de casos de COVID-19 era superior a mil para cada 100 mil pessoas. Entre 30 de dezembro de 2020 e 6 de janeiro de 2021, o número total de pacientes hospitalares na capital aumentou 27%.
Desde o início da pandemia, foram registradas no país mais de 230 mil mortes relacionadas ao coronavírus, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).