Panorama internacional

Chefe de gabinete de Zelensky: Kiev vê 'grande risco' de perder conflito se ajuda dos EUA for adiada

Representante do governo ucraniano afirmou que planejava voltar a Washington para pressionar legisladores e funcionários dos EUA sobre a importância crítica da aprovação de um novo pacote de ajuda pelo Congresso.
Sputnik
Nesta terça-feira (5), Andrei Yermak, chefe de gabinete do presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, deu algumas "das mais francas declarações de um alto funcionário de Kiev", segundo a agência Reuters, e disse que o adiamento da assistência dos EUA criaria um "grande risco" de a Ucrânia perder o conflito com a Rússia.

Se a ajuda for adiada, "corre-se o grande risco de estarmos na mesma posição em que estamos agora e, claro, torna-se impossível a liberação contínua [do apoio], levando ao grande risco de perdermos esta guerra", afirmou Yermak, citado pela agência britânica.

O alto funcionário ucraniano destacou a ameaça de não haver mais apoio orçamentário direto. O governo de Kiev espera um déficit nas contas de US$ 43 bilhões (R$ 211 bilhões) no próximo ano.
"Claro que sem esse apoio orçamentário direto será difícil manter-se […] nas mesmas posições, e será difícil para as pessoas sobreviverem […] durante a situação de continuidade da guerra. É por isso que é extremamente importante que esse apoio seja votado e seja votado o mais rapidamente possível", declarou Yermak.
O chefe do gabinete também disse que a Ucrânia tem um plano para o próximo ano: "Nós realmente temos um plano, e esse plano […] inclui as operações militares […], inclui a atividade diplomática e, claro, inclui a nossa cooperação nas comunicações e informações", afirmou.
A assistência à Ucrânia está sendo debatida no Congresso norte-americano, mas a demora levou funcionários da Casa Branca a reafirmarem, na segunda-feira (4), que os EUA estavam ficando sem tempo e dinheiro.
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Casa Branca afirma que os EUA estão 'sem dinheiro' para fornecer ajuda militar à Ucrânia
A administração do presidente Joe Biden pediu ao Congresso em outubro quase US$ 106 bilhões (R$ 522 bilhões) para financiar planos ambiciosos para a Ucrânia, Israel e a segurança das fronteiras norte-americanas, mas uma ala do Partido Republicano, que controla a Câmara, rejeitou o pacote.
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