O convite ao presidente foi oficialmente feito pela futura chanceler argentina, Diana Mondino, que fez uma visita-relâmpago ao Palácio do Planalto no último dia 26. Em sua breve estadia, a próxima ministra das Relações Exteriores da Argentina participou de uma reunião com Vieira e os embaixadores do Brasil em Buenos Aires, Julio Bitelli, e da Argentina em Brasília, Daniel Scioli.
Tradicionalmente, na diplomacia sul-americana, é costume que os presidentes brasileiros e argentinos estejam presentes nas posses um do outro. No entanto, a prática não é uma norma categórica e, no passado, houve situações em que isso não aconteceu.
Foi o caso de Jair Bolsonaro, que não esteve presente em 2019 na posse de Alberto Fernández. Na época, o ex-presidente enviou seu vice, Hamilton Mourão, para representá-lo. Por outro lado, a ex-presidente Dilma Rousseff deixou as diferenças ideológicas de lado e esteve presente na cerimônia de posse de Mauricio Macri, político de cunho liberal.
A situação de Lula, no entanto, é um pouco mais complicada. Durante sua campanha, Milei criticou diversas vezes o presidente brasileiro, chegando a chamá-lo de corrupto, além de afirmar que pretendia romper relações com o Brasil. Por conta disso, membros do governo federal passaram a apoiar abertamente Sergio Massa, rival de Milei nas eleições e ministro da Economia de Fernández.