"Tem uma questão política por trás, com posições ideológicas que escanteiam a questão econômica [do acordo] propriamente dita", argumenta.
Priorização da Ásia
"Esses acordos bilaterais, mesmo que sejam entre o bloco e um único país, são muito bem-vindos. É alguém que pode trazer algo diferente ao nosso comércio, facilitando trocas de tecnologia com tarifas reduzidas ou praticamente zero", disse Franco também em declarações ao Mundioka.
"É mais um membro que pode contribuir com a filosofia do Mercosul, que traz competitividade e ajuda a atender as demandas do mundo como um todo."
Incertezas com a Argentina
"A encarregada de negócios que vai ocupar o Ministério das Relações Exteriores [da Argentina] foi enviada a Brasília e já veio com o discurso de que o país não vai sair do Mercosul, mas ainda não é uma posição oficial, só uma sinalização de que há interesse na manutenção das relações econômicas. Ainda fica um pouco no ar sobre o que vai prevalecer."
Necessidade de modernização
"É momento de o Mercosul sentar e fazer a lição de casa. Não é [momento de] trazer novos membros, [de] buscar novos parceiros para comercializar, mas reajustar tarifas externas comuns, repensar formas de fazer comércio e se apresentar ao mundo de forma diferente. Por qual motivo […] a ratificação com um bloco como a Europa ou com a Ásia é dificultada? Porque, muitas vezes, o seu bloco está organizado de uma forma que talvez não seja moderna e não esteja em linha com as necessidades ou com a realidade do mundo lá fora", opina.