Na segunda quinzena de outubro, o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), conhecido como banco do BRICS, assinou um acordo de crédito com o Brasil no valor de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5 bilhões), conforme noticiado.
No entanto, o total do empréstimo será de US$ 1,7 bilhão (R$ 8,5 bilhões), e desse total US$ 500 milhões (R$ 2,4 bilhões) serão destinados ao financiamento de projetos para combater as mudanças climáticas.
O restante será direcionado a investimentos em infraestrutura sustentável, segundo divulgou o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) nesta quarta-feira (6), segundo o jornal O Globo.
O acordo será assinado hoje (6) em cerimônia com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva; de Dilma Rousseff, presidente do NBD; Aloizio Mercadante, presidente do BNDES; José Mujica, ex-presidente do Uruguai; e Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro.
O montante anunciado na segunda quinzena de outubro será usado para financiar micro, pequenas e médias empresas também via BNDES. São recursos que serão integrados ao Programa Emergencial de Acesso a Crédito, implementado em 2020 com o objetivo de reduzir os impactos trazidos pela pandemia aos negócios de pequeno e médio porte.
A mídia afirma que neste ano o BNDES vem aumentando a captação de recursos em instituições multilaterais, a exemplo do NBD, para reforçar o capital do banco. A principal fonte de caixa da instituição financeira são recursos vindos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
Como o FAT passou a poder ser utilizado pelo governo para custear o déficit da Previdência, isso ligou o alerta sobre a possibilidade de escassez dos recursos vindos do fundo, o que poderia atrapalhar a meta de Mercadante de fazer o BNDES dobrar de tamanho nesta gestão Lula.