O primeiro-ministro, Viktor Orbán, alertou que os líderes da UE poderão não conseguir chegar a um consenso sobre o início das negociações de adesão com a Ucrânia, acrescentando que a questão não deveria ser colocada na agenda da cúpula.
"A política de expansão da União Europeia deve continuar a ser um processo objetivo baseado em regras e desempenho. O início das negociações de adesão com a Ucrânia deveria basear-se em um consenso entre os Estados-membros da União Europeia [...]. As condições para isso não estão presentes hoje", afirma a resolução parlamentar apresentada por Budapeste, segundo a Reuters.
A Hungria ainda insiste que os líderes do bloco europeu deveriam primeiro fazer uma avaliação minuciosa de como a possível adesão da Ucrânia afetaria a coesão e as políticas agrícolas dentro do bloco, das quais os membros mais pobres da UE, incluindo a Hungria, estão entre os principais beneficiários.
Um influxo em grande escala de cereais ucranianos para a UE desencadeou protestos de agricultores na Europa Oriental no ano passado, enquanto caminhoneiros poloneses bloquearam várias passagens de fronteira com a Ucrânia, apelando ao bloco europeu para restaurar as licenças que limitam o trânsito para concorrentes ucranianos.
Orbán se reunirá com o presidente francês, Emmanuel Macron, em Paris amanhã (7), antes da cúpula, disse seu chefe de imprensa.