Nomeadamente, o Pentágono, o ex-presidente Donald Trump, o ex-secretário de Estado Mike Pompeo, a Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês), a CIA e muitos outros membros do governo norte-americano e de empresas relacionadas com a defesa estavam entre as 42 pessoas e organizações que o tribunal considerou responsáveis pelo assassinato do general.
De acordo com a agência Tasnim, após um exame motivado pelas queixas de 3.318 cidadãos iranianos, o Tribunal Público de Teerã "analisou diligentemente o caso buscando danos financeiros, morais e punitivos ligados ao assassinato do general Soleimani, culminando após três audiências públicas".
"O tribunal ordenou que os réus pagassem US$ 49,77 bilhões [R$ 244, 74 bilhões] para compensar as perdas morais e monetárias provocadas pelo assassinato", destaca a mídia.
Além das sanções financeiras, o tribunal ordenou que os réus, incluindo o governo dos EUA, apresentassem um pedido oficial de desculpas aos demandantes e o publicassem em um jornal de grande circulação. A decisão, proferida à revelia, permite recurso no prazo de dois meses.
"Esta decisão histórica marca um momento decisivo nos processos judiciais internacionais, enfatizando a busca de justiça para o assassinato do general Soleimani e enfatizando a responsabilização pelas ações do Estado que violam os direitos humanos", diz o texto publicado pela agência iraniana.
Em 3 de janeiro de 2020, os Estados Unidos assassinaram o general Qassem Soleimani ex-comandante da Força Quds do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês) em um ataque de drone perto do Aeroporto Internacional de Bagdá.
Soleimani era considerado herói nacional de guerra e peça-chave no aparato de segurança local. Morto aos 62 anos, foi um dos homens mais poderosos da República Islâmica.