Concebido para reduzir o poder de capital da Rússia para a sua operação, o acordo de sanções negociado há exatamente um ano incluía um limite de preço de US$ 60 (R$ 294) por barril para o petróleo russo transportado por via marítima – US$ 24 (R$ 117) abaixo do preço médio de mercado nos últimos 12 meses, analisa a mídia.
Em vez disso, o pacote de sanções promoveu um negócio lucrativo para muitos comerciantes e companhias. As receitas líquidas do petróleo da Rússia, de US$ 11,3 bilhões (R$ 55,4 bilhões), representaram 31% da receita orçamental líquida global do país para o mês, de acordo com cálculos da agência norte-americana.
O Tesouro dos Estados Unidos afirmou que pretende aumentar os custos que a Rússia enfrenta para fornecer o seu petróleo. No entanto, a agência afirma que Washington e seus aliados ainda não sabem se querem realmente reduzir os fluxos de petróleo russo, algo que poderia potencialmente aumentar os preços globais dos combustíveis em um ano eleitoral para Joe Biden.
"Os decisores políticos sempre tiveram dois objetivos: manter o mercado bem abastecido, mas reduzir a receita por barril da Rússia. Parece claro que a primeira prioridade está tendo precedência. As ações de fiscalização direcionadas aumentaram nas últimas seis semanas, mas, no panorama geral, a Rússia retirou a maior parte das suas exportações de petróleo e produtos de fácil alcance das sanções do G7", disse Ben Cahill, membro sênior do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS, na sigla em inglês), ouvido pela mídia.
Em outubro, as receitas de petróleo e gás da Rússia mais do que dobraram para 1,64 trilhão de rublos (R$ 86,3 bilhões), revelaram no dia 4 de novembro dados do Ministério das Finanças russo, conforme noticiado.