No começo do mês, os Estados Unidos propuseram regras para promover a cadeia de suprimentos doméstica de veículos elétricos e controlar a influência da China e de outros países não aliados no setor em expansão, revelou um comunicado do Departamento do Tesouro norte-americano no dia 1º de dezembro.
Nesta quinta-feira (7), Pequim informou que o plano norte-americano de excluir a China da cadeia de fornecimento viola as normas comerciais da Organização Mundial do Comércio (OMC) e perturba as cadeias de abastecimento globais.
"Visar as empresas chinesas, excluindo os seus produtos do âmbito de um subsídio, é uma política típica não orientada para o mercado. Muitos membros da OMC, incluindo a China, expressaram preocupação com a política discriminatória dos EUA, que viola os princípios básicos da organização", disse He Yadong, porta-voz do Ministério do Comércio chinês segundo a agência Reuters.
De acordo com as novas regras norte-americanas, investidores da cadeia de fornecimento de veículos elétricos dos EUA se tornarão inelegíveis para créditos fiscais caso utilizem mais do que uma pequena quantidade de materiais críticos da China ou de outros países considerados uma "Entidade Estrangeira de Preocupação" (FEOC, na sigla em inglês).
Vale lembrar que as regras estadunidenses valerão não só para China, como também para a Rússia, a Coreia do Norte e o Irã. As regras entrarão em vigor em 2024 para baterias concluídas, e em 2025 para minerais críticos.
"Ao estabelecer 'barreiras de vidro', os EUA causam mais danos do que benefícios ao desenvolvimento das tecnologias de veículos elétricos e à indústria em geral", disse He, alertando que os planos vão "perturbar seriamente o comércio e os investimentos internacionais".
A mídia sublinha que a posição dominante chinesa na cadeia global de fornecimento de baterias levou as autoridades norte-americanas a tomarem medidas, face aos receios de que os veículos elétricos chineses baratos pudessem inundar os seus mercados.