"São áreas que geram um alívio de tensão no solo muito grande. E quando esse alívio não suporta o peso da camada de solo que está sobre aquela laje, sofre um processo de subsidência, que é o afundamento desse solo e, consequentemente, esse afundamento vai progredindo até chegar à superfície", explica.
"A vida cotidiana está transformada num inferno total […]. Há uma parte da beira da lagoa [Mundaú] que precisa urgentemente ser retirada, e agora foi colocado novamente que precisa de mais 15% para sair", pontua.
"O deslocamento mal-planejado pode resultar na formação de novas favelas, agravando os problemas urbanos da cidade. A população, estimada em 60 mil pessoas, deveria ter sido realocada para evitar riscos. Contudo, o processo de desocupação, iniciado em 2019, tem sido lento e caótico", crava.
"A empresa Braskem que é a causadora desse genocídio social que nós estamos praticamente dentro. Por que genocídio social? Porque, desde o início, nós pedíamos e implorávamos para que retirassem principalmente a faixa da lagoa, para que tivessem respeito conosco", desabafa Fernando Lima.