Em 'vingança', Exército dos EUA planeja desenvolvimento de balões 'espiões'

No início do ano, o governo americano afirmou que a China estava usando balões que sobrevoaram o território dos EUA para espionar o país. Washington está neste momento desenvolvendo diversos modelos para fins militares.
Sputnik
O Exército dos Estados Unidos planeja iniciar um novo programa no ano fiscal de 2025 para desenvolver e colocar em campo uma nova plataforma de alta altitude capaz de realizar sensoriamento profundo, de acordo com o diretor executivo do programa de inteligência, guerra eletrônica e sensores do serviço.
O serviço pretende usar, a partir de outubro de 2024, sensores para realizar operações de inteligência, vigilância e reconhecimento em alcances mais amplos e a distâncias maiores para, por exemplo, ganhar tempo de reação e responder ameaças potenciais, escreve na quarta-feira (6) o portal Defense News.

"Estamos analisando esses tipos de plataformas inovadoras no que diz respeito aos recursos que podemos adquirir com um balão de alta altitude, aeronaves solares e de asa fixa", disse o brigadeiro-general Ed Barker em uma reunião na terça-feira (5) com jornalistas. Mais sistemas de interferência eletromagnética devem ser lançadas nos próximos quatro a seis meses.

Durante anos, o serviço fez experimentos com balões de alta altitude e plataformas de longa duração, de asa fixa e movidas a energia solar, capazes de operar na estratosfera. Agora, o Exército dos EUA está criando protótipos que devem levar a programas específicos, incluindo prováveis balões de alta altitude e plataformas de asa fixa movidas a energia solar, juntamente com cargas úteis capazes de fazer rastreamento profundo.
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Alguns dos projetos incluem o desenvolvimento de sensores de guerra de navegação que ajudariam a detectar, localizar e identificar possíveis interferências na recepção de posição, navegação e cronometragem. Outros permitiriam o posicionamento, a navegação, a cronometragem, a extensão de rede e a capacidade de definir o tempo de recepção.
O Exército dos Estados Unidos já testou a capacidade de sensoriamento profundo, que estende a área de sinais — durante exercícios nas áreas de operações do Comando Indo-Pacífico e do Comando Europeu — usando balões pequenos, médios ou grandes, ou uma plataforma de asa fixa movida a energia solar voando em altitudes de 18 km a 30 km.
No início do ano, os EUA acusaram a China de usar balões sobrevoando o território do país norte-americano para espionagem. Um deles foi atingido perto da costa e resgatado por Washington.
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