Panorama internacional

EUA enfrentam 'despreparo para guerra' por 'sérias fragilidades' em sua defesa, diz mídia americana

Os EUA estão vendendo, emprestando e doando armas aos seus aliados em todo o mundo, limitando o seu fornecimento de balas, granadas de artilharia e outro armamento dos quais poderão necessitar em caso de guerra, escreve agência estadunidense.
Sputnik
De acordo com a Bloomberg, o Conselho Científico do Exército dos Estados Unidos (ASB, na sigla em inglês) disse ao Congresso norte-americano que a base de defesa do Exército tem sérias "fragilidades" porque pode não ter fornecimentos suficientes para os próprios EUA.
"O Pentágono diria que eles precisam planejar cada contingência e estar preparados para isso. Há preocupações de que os adversários estejam observando e, você sabe, possam potencialmente aproveitar uma oportunidade apresentada pelas fraquezas dos EUA ou pela escassez de equipamentos", disse Courtney McBride, repórter da Bloomberg ao podcast Big Rake.
Os EUA também têm dificuldade em ajustar a sua base industrial, relata a mídia. Por exemplo, há apenas uma fábrica em território norte-americano que pode produzir a pólvora negra necessária para os projéteis de artilharia ucraniana mais utilizados.
Esse fato junto ao aumento da procura por parte dos aliados dos EUA e os gastos da administração Biden, que já comprometeu mais de US$ 44 bilhões (R$ 215 bilhões) em armas e equipamento para Ucrânia e solicitou ajuda adicional ontem (6) para Kiev, bem como para Israel e Taiwan, enfraquecem a Defesa norte-americana, diz a mídia.
O major-general reformado com 32 anos de experiência no Exército, John Ferrari, disse ao podcast Big Take que não tomar medidas sobre o que ele chama de "falta de preparação dos EUA para a guerra" poderia ter consequências graves.
"A única coisa mais cara do que a preparação para a guerra é travar uma guerra, e a única coisa mais cara do que travar uma guerra é perder uma guerra", afirmou.
Os projéteis de artilharia de 155 milímetros que os combatentes ucranianos usam 8.000 tiros por dia, antes da operação russa na Ucrânia, eram produzidos 15.000 por mês. Agora, o Pentágono espera aumentar a produção em 500% nos próximos dois anos, com custos atualmente estimados em US$ 1,5 bilhão (R$ 7,3 bilhões).
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O serviço de Ferrari incluiu trabalhar no Comando de Material do Exército (AMC, na sigla em inglês), uma organização que garante que haja balas suficientes para todos. Ele viu em primeira mão o que acontece quando não há. "Não há economia forte sem uma defesa forte", acrescentou.
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