No entanto ele ressaltou que ainda aguarda a posição do presidente francês, Emmanuel Macron, que é contrário à negociação.
Respondendo a uma pergunta, o ministro afirmou que nada mudou para que esse prazo fosse dado.
"Não mudou nada. O presidente Macron expressou as posições dele, tendo em vista a posição do setor agrícola francês. Mas não mudou nada, continuamos conversando e negociando para que ou se conclua ou se chegue à conclusão de que não é possível. Mas estamos trabalhando", disse Vieira.
O acordo entre o Mercosul e a UE tenta estabelecer uma zona de livre comércio entre os 31 países-membros dos dois blocos, desde 1999.
No entanto as negociações estão paralisadas desde o ano passado, devido a divergências entre as partes, principalmente em relação a questões ambientais.
Ainda assim, durante coletiva nesta quinta-feira (7), o líder do Itamaraty admitiu que há uma possibilidade de negociação.
"Vamos continuar negociando, há uma possibilidade, uma janela."
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que assumiu o comando do Mercosul em julho representando o Brasil, havia declarado que esperava anunciar o acordo com a UE na cúpula do Rio, que ocorre nesta semana na capital fluminense.
Mas houve reveses nas negociações na última semana, com a declaração de Macron contra o acordo.
Em comunicado conjunto divulgado nesta quinta-feira, a UE e o Mercosul afirmaram estar engajados em "discussões construtivas" para finalizar as questões pendentes. O texto, porém, não menciona o posicionamento do líder francês.