Moro falou durante cerca de uma hora e, na saída do tribunal, declarou à imprensa que ficou "profundamente ofendido com os partidos do PT e PL" por terem mencionado seus gastos com segurança nas ações.
"Me sinto violado quando as partes alegam que meus gastos com segurança deveriam ser considerados para a cassação do meu mandato. Como vocês sabem, fui juiz da Lava Jato que veio concorrer em uma eleição altamente polarizada. [...] coloquei como condição necessária que houvesse segurança. Sabíamos que havia risco de sofrermos atentados, como existe até hoje", comentou ele, segundo informações do jornal O Globo.
O senador e ex-juiz da operação Lava Jato responde na Justiça Eleitoral por abuso de poder econômico e político durante as eleições do ano passado.
As ações são um "verdadeiro castelo de cartas", frisou ele em sua conta na plataforma X (antigo Twitter) na tarde de hoje (7).
Os partidos alegam que Moro tentou driblar a legislação eleitoral quando desistiu de concorrer à Presidência da República, quando excedeu o limite de gastos de campanha e quando migrou do partido Podemos para o União Brasil.
As ações afirmam que Moro gastou cerca de R$ 6,7 milhões na pré-campanha à Presidência e na campanha ao Senado. Legalmente, o limite permitido é de R$ 4,4 milhões.
Mesmo se for condenado, o processo ainda precisa ser julgado em segunda instância pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) e, depois, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e, só então, Moro perderia a vaga no Senado, caso seja condenado em última instância.