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Brasil lidera em número de homicídios no mundo, revela estudo da ONU

Com mais de 45 mil assassinatos registrados em 2021, o Brasil lidera o ranking de países com mais homicídios do mundo em números absolutos, segundo o Estudo Global Sobre Homicídios 2023, divulgado nesta sexta-feira (8), do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC, na sigla em inglês).
Sputnik
A Índia é o segundo país na lista, com mais de 41 mil homicídios em 2021. O relatório revela que 52 vidas foram perdidas por hora em homicídios no ano estudado, mais do que mortes causadas por conflitos armados e terrorismo combinados.
Em todo o mundo, houve 458 mil homicídios. Em 2021, a taxa global foi de 5,8 a cada 100 mil habitantes. Em 81,1% dos casos, as vítimas eram homens e meninos.
A taxa do Brasil permaneceu estável em 21,3 por 100 mil em 2021, a segunda mais baixa desde 2000, mas a violência persistiu no Nordeste e no Norte, devido a tensões entre facções.
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Assassinatos na Amazônia superam em 45% a média nacional
O relatório examina homicídios relacionados a atividades criminosas, conflitos interpessoais e homicídios motivados sociopoliticamente, como o assassinato deliberado de ativistas de direitos humanos, trabalhadores humanitários e jornalistas.
Também são considerados os impactos de "megatendências" — a exemplo de mudanças climáticas, alterações demográficas, desigualdade, urbanização e mudanças tecnológicas — e como eles podem influenciar as taxas de homicídios.
No total, a África foi responsável por 38% das vítimas, seguida pelas Américas com 34%, Ásia com 24%, Europa com 4% e Oceania com menos de 1%.
Juntos, o Brasil e a Nigéria contribuíram com 20% do total global de homicídios, embora representem apenas 6% da população mundial.
Na América do Sul, a taxa de homicídios tem caído desde 2017, segundo o estudo, impulsionado sobretudo "pela redução no número anual de homicídios registrados no Brasil, o país mais populoso da sub-região".
A Colômbia teve uma pequena redução, de 25,7 vítimas por 100 mil pessoas em 2021 para 25,4 em 2022, após um aumento significativo um ano antes, com taxas mais altas em áreas onde grupos armados como as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e o Exército de Libertação Nacional (ELN) estavam ativos.
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