Peskov estava respondendo aos comentários do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, que na quinta-feira (7) admitiu que a grande maioria da ajuda financeira dada a Kiev é gasta dentro da economia norte-americana.
"Noventa por cento da assistência de segurança que fornecemos foi, na verdade, gasta aqui nos Estados Unidos com os nossos fabricantes", disse Blinken em um briefing ao lado do ministro das Relações Exteriores britânico, David Cameron.
"Portanto, esta também é uma situação em que todos ganham e precisamos continuar."
Nesse contexto, Peskov urgiu a Ucrânia a perceber que "eles não são a principal preocupação dos EUA, a principal preocupação dos EUA sempre foram eles próprios, mesmo ao custo de um grande número de vidas ucranianas".
A admissão de Blinken ecoa as observações do chefe do Pentágono, o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin. Na semana passada, durante o Fórum de Defesa Nacional Reagan, Austin resumiu o auxílio militar à Ucrânia como "o esforço de modernização [do Exército estadunidense] mais ambicioso em quase 40 anos", se referindo a como as Forças Armadas dos EUA estão reabastecendo seus estoques de armas já que elas foram enviadas à Ucrânia.