O vice-conselheiro de Segurança Nacional, Jon Finer, disse na quinta-feira (7) no Fórum de Segurança de Aspen que os Estados Unidos não descartarão a possibilidade de ataques contra os houthis no Iêmen a navios comerciais.
"Certamente não descartamos a possibilidade de ação militar – reservamo-nos esse direito […] e se houver uma decisão de escalada contra nós, analisaremos outras opções". Por enquanto, os EUA vão se concentrar em uma "coligação marítima para fornecer garantias e segurança às rotas marítimas comerciais", afirmou Finer citado pela agência Bloomberg.
O vice-conselheiro concedeu a declaração em resposta a perguntas sobre o aumento da tensão no mar Vermelho, onde um navio de guerra dos EUA, o USS Carney, respondeu a pedidos de socorro de três navios que teriam sido alvo dos houthis no domingo (3).
Os ataques são os mais recentes de uma série contra navios ligados a Israel e Washington. Os houthis declararam as embarcações como "alvos legítimos" em resposta às ações militares israelenses na Faixa de Gaza.
"O presidente [Joe Biden] autorizou navios a abater munições que passem nas proximidades dos nossos destróieres", complementou Finer.
De acordo com o jornal Politico, alguns oficiais militares norte-americanos, da ativa e da reserva, ficaram frustrados com a resposta inicial da administração Biden aos ataques. "Há algumas tropas que gostariam de ver uma resposta mais contundente", relata o jornal.
"Os oficiais militares encarregados das operações dos EUA no Oriente Médio elaboraram opções para reagir contra os houthis, embora não estejam a promover ativamente esses planos neste momento", afirmou a mídia.
Esses atuais e antigos funcionários dizem que o comportamento cada vez mais agressivo dos houthis representa um risco significativo para as forças estadunidenses na região, e discordaram das declarações públicas da administração na segunda-feira (4), as quais, segundo os militares, "minimizaram essa ameaça".
A mídia recorda que a função das Forças Armadas é apresentar uma variedade de opções aos comandantes superiores, mas a decisão final cabe a Biden e aos nomeados políticos pela administração.