A Grã-Bretanha se absteve, e os demais 13 membros do CSNU, incluindo o Brasil, votaram a favor do texto.
A proposta de resolução, elaborada pelos Emirados Árabes Unidos, instava as partes envolvidas no conflito em Gaza a implementar "um cessar-fogo humanitário imediato", além de exigir a "libertação imediata e incondicional de todos os reféns, bem como garantia de acesso humanitário".
A situação em Gaza tem sido marcada por conflitos persistentes, com impactos humanitários significativos, incluindo a perda de vidas civis e o deslocamento em larga escala.
Deste 7 de outubro até o momento, mais de 1,2 mil israelenses morreram. Do lado palestino, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, mais de 17,1 mil foram mortos e 46 mil ficaram feridos.
O vice-embaixador dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Robert Wood, expressou anteriormente a posição do país, afirmando que os americanos consideram que outra resolução do CSNU sobre Gaza não seria útil neste momento.
A declaração levanta questionamentos sobre a abordagem adotada pelos EUA diante da crise humanitária em curso na região.
O veto dos EUA gera reações mistas na comunidade internacional. Alguns países expressaram desapontamento pela falta de consenso no CSNU e outros apelaram para uma rápida busca por soluções diplomáticas.
Vice-representante permanente da Rússia na Organização das Nações Unidas (ONU), Dmitry Polyansky afirmou que a decisão coloca a sentença de morte a milhares de civis na Palestina e Israel, incluindo mulheres e crianças. "Não é exagero dizer que hoje será um dos dias mais sombrios da história do Oriente Médio."
"Você pode cinicamente dizer quantas palavras bonitas e vazias quiser sobre democracia, direitos humanos, mulheres, paz e segurança, algumas regras e algum tipo de ordem. No entanto, vimos o preço real para eles agora, quando dois membros do CSNU optaram por permanecer cúmplices no cruel massacre israelense."