Já no Nordeste, os casos devem aumentar, mas abaixo do limite epidêmico, e os números ficam dentro da média nas demais partes do Brasil.
"Temos muitas pessoas que, por uma situação menor, não tiveram a doença — principalmente crianças e idosos. São os grupos que mais nos preocupam", avaliou a secretária de Vigilância em Saúde, Ethel Maciel, à Agência Brasil.
Dados do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) também mostraram números preocupantes sobre a presença do mosquito transmissor da doença: dos 4.976 municípios analisados, 1.506 possuem classificação de alerta para infestação do mosquito (30,2% do total).
Além disso, em 189 cidades brasileiras (3,7% do total) a infestação do transmissor da dengue é de alto risco, e o restante dos municípios (3.281 ou 65,9%) obteve classificação satisfatória.
Maioria dos criadouros está nos domicílios
De acordo com o Ministério da Saúde, quase 75% dos criadouros de Aedes aegypti estavam dentro dos domicílios este ano, principalmente pratos de plantas, materiais de construção, recipientes de degelo de geladeiras e até fontes ornamentais.
O levantamento aponta ainda que depósitos de água — como tambores, caixas d’água ou cisternas — aparecem como o segundo maior foco de dengue, com 22% do total, seguido por depósitos de pneus e lixo, com 22%. A pesquisa acontece anualmente por amostragem de imóveis e criadouros do mosquito.