Nesta sexta-feira (8), a Rússia, através de sua representante oficial da chancelaria, Maria Zakharova, disse que Moscou "está monitorando de perto a situação na região de Essequibo, inclusive levando em consideração o referendo consultivo sobre o status deste território realizado na Venezuela em 3 de dezembro e as medidas legais tomadas após seus resultados".
"O plano das relações entre a Venezuela e a Guiana deve ser resolvido pautado na boa vizinhança, encontrando soluções pacíficas mutuamente aceitáveis, de acordo com o direito internacional e os acordos assinados entre as partes, bem como a legislação nacional vigente", disse Zakharova.
A representante disse que Moscou considera a redução das tensões na região uma prioridade.
"Na situação atual, consideramos uma prioridade reduzir as tensões e fortalecer a confiança nas relações entre Venezuela e Guiana. Instamos as partes a absterem-se de quaisquer ações que possam desequilibrar a situação e causar danos mútuos", acrescentou.
Há mais de cem anos que a Venezuela e a Guiana disputam o território de Essequibo. No último domingo (3), o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, realizou um referendo no qual mais de 10,5 milhões de cidadãos votaram "sim", apoiando o fato de que a região pertence a Caracas.
A reação da Guiana foi imediata com o presidente do país, Irfaan Ali, acionando o Conselho de Segurança das Nações Unidas e acrescentando que a "Força de Defesa da Guiana está em alerta máximo". O Conselho de Segurança terá uma reunião hoje (8) para tratar do assunto.