A situação desesperadora foi destacada durante sessão especial do Conselho Executivo da Organização Mundial da Saúde (OMS), realizada a pedido de 17 Estados-membros para discutir a situação humanitária na Faixa de Gaza.
Posteriormente, os 34 países-membros do Conselho Executivo da OMS, aprovaram uma resolução sobre Gaza, solicitando a entrega ininterrupta de ajuda humanitária ao enclave e a evacuação de pessoas feridas.
Ao mesmo tempo, um representante da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA, na sigla em inglês) afirmou na sessão que a organização ainda opera, mas está à beira do colapso, pois mais de 134 funcionários foram mortos no enclave desde 7 de outubro.
A crise humanitária em Gaza se intensificou em 7 de outubro, quando o movimento palestino Hamas lançou um ataque de foguetes em larga escala contra Israel a partir da Faixa de Gaza, rompendo a fronteira.
Em retaliação, Israel realizou ataques, impondo um bloqueio total em Gaza, interrompendo o fornecimento de água, alimentos e combustível. Em 27 de outubro, Israel iniciou uma incursão terrestre na Faixa de Gaza com o objetivo declarado de eliminar combatentes do Hamas e resgatar reféns. Mais de 17,7 mil palestinos morreram.
Em 24 de novembro, o Catar intermediou um acordo entre Israel e o Hamas para uma trégua temporária, a troca de alguns prisioneiros e reféns, bem como a entrega de ajuda humanitária à Faixa de Gaza. A trégua foi prorrogada várias vezes. No entanto, expirou em 1º de dezembro.