Depois de criticar repetidamente o apoio financeiro e militar da Europa a Kiev, o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, também deixou claro que é contra as recentes manifestações de Bruxelas para considerar a admissão da Ucrânia na UE.
Pelo menos um meio de comunicação ocidental também soou recentemente o alarme sobre o assunto em um evento de dois dias organizado pela Fundação Heritage, em Washington D.C., que acontece no momento em que a questão do apoio dos Estados Unidos à Ucrânia está em jogo no meio dos debates em curso no Congresso.
De acordo com o The Guardian, espera-se que alguns dos participantes do evento — que incluem membros republicanos do Congresso norte-americano e membros do Instituto Húngaro de Assuntos Internacionais — realizem algum tipo de "conversação a portas fechadas", que pode ou não estar relacionada a interromper o apoio militar dos EUA à Ucrânia.
Como explicou Michael Shannon, comentarista político e colunista do Newsmax, os membros conservadores do Congresso dos Estados Unidos parecem "gostar e admirar Orbán", sem mencionar que os republicanos "invejam" o primeiro-ministro húngaro por "concretizar objetivos políticos que eles são muito fracos e covardes para tentar".
Dito isso, Shannon argumentou que Orbán não tem influência quando se trata do apoio dos EUA à Ucrânia. Portanto, não tem meios de afetar a decisão de Washington sobre continuar financiando Kiev ou não. Ele também atacou verbalmente os membros republicanos do Senado, rotulando-os de "membros unipartidários em boa posição" e alegando que "enviariam à Ucrânia todo o dinheiro que Biden deseja sem escrúpulos".
"A 'liderança' do Partido Republicano esteve na Ucrânia para apoiar Zelensky. O atraso está na Câmara", observou Shannon.
Neste momento, a posição do Partido Republicano sobre o apoio dos Estados Unidos à Ucrânia depende dos "conservadores na Câmara" dos Representantes, disse Shannon, acrescentando que "é difícil prever quanto tempo eles permanecerão firmes".
"Eles estão sozinhos e isolados, e essa é uma situação difícil", acrescentou.