A Câmara dos Representantes dos EUA não incluiu na pauta desta semana a análise do pedido do governo ucraniano por mais ajuda, conforme revelado por fontes do Congresso à Sputnik.
Na terça-feira (12), está agendada uma comissão para audiências sobre concorrência com a China, enquanto outra comissão discutirá a investigação de impeachment do presidente Joe Biden, entre outros eventos. As agendas para quarta e quinta-feira também não contemplam a questão de novos recursos para Kiev.
O Congresso entra em recesso a partir de sexta-feira (15), com a Câmara dos Representantes retomando as atividades em 9 de janeiro e o Senado em 8 de janeiro. Durante a visita de Zelensky, é esperado que ele se encontre com o presidente Biden e o presidente da Câmara, Mike Johnson, na terça-feira (12).
Uma fonte da Sputnik no Congresso afirmou anteriormente que a aprovação do projeto de lei referente aos fundos para Kiev até o final do ano é improvável.
Os republicanos têm bloqueado consideração do pedido de fundos da Casa Branca para a Ucrânia, Israel e outras necessidades, enquanto a Câmara dos Deputados também não tem pressa em aprovar o projeto correspondente. Ambas as casas do Congresso precisam aprovar o pedido, mas até agora não há sinais de movimentação nesse sentido.
Em busca de concessões no projeto de lei, a oposição exige mudanças nas abordagens à segurança das fronteiras. A Casa Branca alertou que, se a assistência à Ucrânia não for garantida nas próximas semanas, as possibilidades de ajuda estarão esgotadas, sem garantias de apoio adicional.
A resistência republicana nas duas câmaras do Congresso coloca em risco a aprovação do pacote de ajuda à Ucrânia até o final do ano. Washington destacou que a assistência dos aliados europeus também está em jogo caso os EUA parem de enviar armas a Kiev.
Vale ressaltar que o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, advertiu que qualquer carga contendo armas para a Ucrânia será considerada um alvo legítimo para a Rússia. O país enviou anteriormente uma nota aos países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) alertando sobre os riscos do fornecimento de equipamento militar.
Ele acusou os americanos de estarem diretamente envolvidos no conflito ucraniano, tanto pelo fornecimento de armas como através da formação de pessoal em vários países europeus, o que prejudica as negociações e traz efeito negativo sobre a situação.