No início de novembro, o país africano, com o apoio da empresa petrolífera chinesa PetroChina, colocou em funcionamento oleoduto de 2 mil quilômetros para transportar petróleo para o vizinho Benim.
"O transporte para o oceano Atlântico está em andamento [...] em janeiro do próximo ano [...] podemos esperar os primeiros carregamentos de petróleo bruto do Níger", informou Tchiani à emissora estatal nigeriana RTN.
O general acrescentou que o Níger receberá 25,4% da receita dos "90 mil barris por dia" que serão enviados para o Benin. Em 26 de julho, o presidente Mohamed Bazoum foi deposto por uma junta militar e Tchiani assumiu a presidência interina do país.
No final de agosto, o presidente da Argélia, Abdelmadjid Tebboune, apresentou proposta para uma solução pacífica no Níger, que estabelece período de transição de seis meses.
Após o golpe militar, as novas autoridades do Níger exigiram a retirada das tropas francesas e a saída do embaixador francês no país. Paris se recusou a aceitar as exigências, inicialmente, mas acabou por ceder.
Com a tomada militar, a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental suspendeu toda a cooperação com o Níger e ameaçou intervenção militar se os rebeldes não reintegrarem Bazoum.
O Níger é uma ex-colônia francesa e foi um dos últimos aliados ocidentais no Sahel. O país tem ricas reservas de urânio que são cruciais para a França. A nação africana é responsável por 15% a 17% do urânio utilizado nas usinas nucleares francesas para gerar eletricidade no país.