A movimentação política já era esperada, uma vez que o partido de Morawiecki, o conservador Lei e Justiça (PiS, na sigla em polonês), não conseguiu obter votos suficientes nas eleições de 15 de outubro. Dos 460 assentos do Sejm, o PiS alcançou apenas 194. Já a coalização de oposição, Coalizão Cívica, cuja plataforma prevê uma maior integração com a União Europeia, conseguiu eleger 298 deputados.
Com isso, o caminho está aberto para o retorno de Donald Tusk, que já atuou como primeiro-ministro da Polônia entre 2007 e 2014, e foi presidente do Conselho Europeu entre 2014 e 2019. É esperado que Tusk assuma o posto já na próxima quarta-feira (13).
O fim do governo de Morawiecki representa o encerramento de oito anos de governo do PiS, que pregou a defesa da cultura e da soberania polonesa frente influências estrangeiras. Tusk foi um ferrenho crítico das políticas de seu rival, alegando que ele isolou Varsóvia do restante da comunidade europeia.