O entusiasta de fósseis Phil Jacobs descobriu uma mandíbula desse "superpredador oceânico", que viveu há quase 150 milhões de anos, quando estava passeando em uma praia no ano passado. A seguir, uma equipe de paleontólogos iniciou escavações em penhascos íngremes, conseguindo desenterrar o crânio, que tem quase dois metros de comprimento.
O fóssil estava em um estado de preservação formidável. Steve Etches, um paleontólogo britânico, acredita que não há nenhum outro espécime que se compare a ele.
"É um dos melhores fósseis em que já trabalhei. O que o torna único é o fato de estar completo", disse ele.
Mordida potente
O crânio revela cerca de 130 dentes longos e afiados, capazes de matar com uma única mordida. Cada dente tem finas cristas na parte posterior, o que permitia que o réptil pré-histórico perfurasse a carne de sua presa e tirasse os dentes rapidamente para outra mordida. Os especialistas afirmam que os pliossauros tinham mandíbulas até duas vezes mais poderosas do que as dos crocodilos atuais.
Esses dinossauros marinhos tinham de 10 a 12 metros de comprimento e ganhavam impulso rapidamente graças a 4 poderosos membros semelhantes a nadadeiras.
David Attenborough posa com o crânio de um pliossauro – um enorme réptil marinho – no escritório do Museu da Coleção Etches da Vida Marinha Jurássica em Kimmeridge, Inglaterra.
Sensores especiais
O espécime encontrado apresenta características que sugerem que ele tinha sentidos particularmente aguçados e muito úteis. Foram encontradas pequenas cavidades em seu focinho, onde poderiam estar os sensores para detectar o movimento de possíveis presas.