A diplomata Glivânia Maria de Oliveira assumirá o posto de embaixadora em Caracas, na Venezuela, por 41 votos favoráveis, um contrário e duas abstenções. A aprovação da indicação se deu em meio à crise envolvendo a Venezuela e a Guina na disputa do território de Essequibo, hoje pertencente à Guiana, e com a falta de embaixadores brasileiros no país vizinho — na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, em 2020, o Brasil rompeu relações diplomáticas com a Venezuela e fechou o escritório de representação na capital Caracas.
Na sabatina, a futura embaixadora na Venezuela foi questionada pelos senadores sobre possível conflito entre os dois países e respondeu que "está atenta" à reunião marcada entre os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e da Guiana, Irfaan Ali, para discutir o problema.
"Precisamos construir pontes [...] Dia 14 está previsto esse encontro, e esse fato é muito importante. Vimos um cenário que tem momentos de maior tensão, de busca de caminhos", disse ela durante a sabatina.
Atualmente, lotada no Ministério das Relações Exteriores, como diretora do Instituto Rio Branco, ela serviu nas embaixadas em Varsóvia (Polônia), Londres (Reino Unido) e Assunção (Paraguai), tendo chefiado o Consulado-Geral em Boston (EUA) e a embaixada no Panamá.
Com 49 votos favoráveis, um contrário e 2 abstenções, a diplomata Maria Cristina de Castro Martins será a embaixadora do Brasil na Guiana. Ela também frisou que entre as prioridades apontadas para a missão no país vizinho, estão a de contribuir para uma solução pacífica do conflito, bem como a de explorar as oportunidades na promoção do comércio de investimentos com a descoberta de hidrocarbonetos.
No Ministério das Relações Exteriores desde 1994, ela atuou na Secretaria de Comércio Exterior e Assuntos Econômicos e atualmente está lotada no Departamento de Imigração e Cooperação Jurídica.
Com 41 votos a favor, 6 contrários e uma abstenção, o diplomata Alfredo Cesar Martinho Leoni foi aprovado para o cargo de embaixador no Sultanato de Omã. Na carreira desde 1980, ele foi embaixador no Paquistão, no Afeganistão, no Tajiquistão e na Polônia.
Alfredo Leoni destacou na sabatina a presença da indústria mineradora brasileira, que atua no país asiático desde 2011, e que tem ampliado o mercado brasileiro no Oriente Médio. Disse ainda que pretende no novo cargo intensificar as exportações de minérios e de aves.
Já a diplomata Maria Elisa Teófilo foi aprovada para assumir a embaixada em Trinidad e Tobago por 49 votos favoráveis, 3 contrários e 2 abstenções. Ela afirmou na sabatina que buscará equilibrar a balança comercial com o Brasil, que atualmente é superavitária para Trinidad e Tobago, com incremento nas exportações de frango, carne e produtos agropecuários. Atualmente, na função de assessora no Superior Tribunal de Justiça (STJ), ela foi embaixadora em Dacar, no Senegal, e em Acra, capital de Gana.