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Ministro da Economia argentino anuncia desvalorização do peso oficial e suspensão de obras públicas

Ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo, anuncia pacote com dez medidas econômicas do governo Milei. Suspensão de obras públicas por parte do Estado, desvalorização do peso oficial e retirada dos subsídios para transporte e energia foram listados.
Sputnik
Caputo iniciou seu pronunciamento ressaltando a necessidade, entendida pelo atual governo argentino, de cortes nos gastos públicos. "Se seguirmos como estamos, vamos caminhar inevitavelmente para uma hiperinflação."
O pacote apresentado pelo ministro mira solucionar um problema enraizado no país: a crise econômica.

Medidas anunciadas

A Argentina não vai mais licitar obras públicas. Segundo o ministro, este é o principal foco de corrupção do poder público. As obras licitadas, mas ainda não iniciadas, serão revistas, conforme Caputo.
Outra situação que para o político é uma questão que abre pressuposto para a corrupção é a transferência de recursos para províncias. A medida anunciada reduz o valor transferido.
O peso oficial argentino sofrerá desvalorização em relação ao dólar. A fixação da taxa cambial em US$ 800 (quase R$ 4 mil) será recompensada com um aumento dos impostos sobre exportações, explicou Caputo.
Setores como energia e transporte a partir de agora não receberão subsídios do governo argentino. Caputo inclusive descreveu esses subsídios como "forma de enganar o povo". O sistema de importação também sofrerá alterações com as novas medidas, ficando mais flexível. "Quem quiser importar poderá fazê-lo e pronto", disse.
Além dessas medidas, Caputo confirmou a suspensão de um ano dos contratos de propagandas oficiais do governo veiculadas nos meios de comunicação e as reduções em cargos federais.
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Próximos meses na Argentina

O ministro da economia argentino, ao concluir o pronunciamento, voltou a ressaltar o momento econômico vivido pelo país. Caputo classificou a inflação vivida como "consequência do atraso da política monetária nos últimos quatro anos", culpando o governo Alberto Fernández.

"Podemos ter a certeza de que esse é o caminho certo. Se trilharmos outro caminho, iremos para um cenário muito pior, com mais pobreza, inflação e sofrimento", concluiu o ministro.

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