"Esta forma de parceria se traduz em benefícios para nosso país. A partir desse convênio estamos seguros de que haverá investimentos, e o trabalho de produção gerado a partir do acordo vai trazer mais desenvolvimento para o país", disse o presidente da Bolívia, Luis Arce.
Os gestos do governo da Bolívia demonstram uma aceleração no processo de industrialização do lítio, desde a extração da matéria-prima até a fabricação de baterias de lítio, em parceria com empresas estrangeiras.
"Sabemos dos interesses em nossos recursos e conversaremos com empresas de todo o mundo. Em nossas visitas à Europa, à cúpula do BRICS, ficou demonstrado o interesse em nosso lítio", afirmou o presidente.
O acordo vai permitir a realização de um projeto-piloto para a extração do lítio, que posteriormente se concretizará em um complexo industrial com capacidade de produção de 14 mil toneladas anuais.
Um primeiro convênio já foi firmado em junho pelo governo boliviano com a Uranium One Group, para viabilizar a construção do complexo industrial para explorar o lítio. O representante da empresa russa Yuri Ulichaniv celebrou o acordo e prospectou o futuro das relações entre os dois países envolvendo o lítio.
"Depois de firmar o acordo, começaremos a desenhar a planta do complexo industrial do lítio. Tenho esperança de que em um curto prazo firmaremos os contratos para o início das obras", destacou.
A Bolívia, que faz parte do Triângulo do Lítio, com Argentina e Chile, concentra uma das maiores fontes do elemento no mundo. A maior parte da reserva está concentrada em Potosí.