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Partido holandês eleito indica possível corte de apoio à Ucrânia para 'fortalecer a própria defesa'

Amsterdã anunciou um pacote de ajuda militar no valor de € 2 bilhões (R$ 10,7 bilhões) para Kiev em 2024, no entanto desafios podem surgir para futuras ajudas, uma vez que o partido eleito expressou querer suspender os envios de armas argumentando que "devem ser reservadas às Forças Armadas holandesas".
Sputnik
O político holandês Geert Wilders disse que os Países Baixos deveriam cortar seu apoio militar à Ucrânia, enquanto Kiev luta para garantir a ajuda dos principais aliados ocidentais.

"Acreditamos que não deveríamos dar apoio militar à Ucrânia enquanto não formos capazes de defender o nosso próprio país", disse Wilders durante um debate no Parlamento nesta quarta-feira (13), segundo a agência Bloomberg.

Wilders é líder do Partido para a Liberdade (PVV) e já havia manifestado que os Países Baixos não deveriam continuar a ajudar Kiev. No entanto essa é a primeira declaração de Wilders após sua legenda ser eleita, no mês passado.
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Ao mesmo tempo, o partido Novo Contrato Social (NSC) e o Movimento Agricultor–Cidadão, dois dos seus potenciais parceiros de coligação, também expressaram hesitação quanto à adesão da Ucrânia à União Europeia e ao apoio financeiro adicional a Kiev, relata a mídia.
Os comentários de Wilders são feitos no momento em que o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, pediu aos legisladores dos Estados Unidos que aprovassem US$ 60 bilhões (R$ 297 bilhões) em ajuda vital para a Ucrânia no conflito com a Rússia, mas Zelensky deixou Washington sem um compromisso claro de que o seu aliado mais importante manteria o apoio, ressalta a mídia.
De acordo com a agência norte-americana, o apelo de Zelensky não conseguiu quebrar a demanda do Partido Republicano por um acordo fronteiriço e de imigração no Congresso norte-americano.
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Os Países Baixos têm sido um aliado fundamental de Kiev, à medida que o conflito se arrasta para o terceiro ano. Sob a liderança do primeiro-ministro, Mark Rutte, agora de saída, o país enviou importantes sistemas de defesa aérea e está assumindo a liderança na formação de pilotos ucranianos em caças F-16.
Rutte tornou-se o favorito para assumir o cargo de chefe da OTAN quando Jens Stoltenberg deixar o cargo, no próximo ano.
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